As próprias margens do aprendizado e do conhecimento são indomáveis, pensando esse termo margem como espacialidade, por exemplo, como espaço vivido, me questiono: como está sendo viver nessas bordas das telas? Da margem pra dentro da tela e da margem pra fora da tela? Quantos mundos cabem dentro dessas bolinhas que vejo? Quantas são as dificuldades?
Caderno de processos
rabiscos, colagens, recortes, fotos, vídeos e desenhos dispostos com alguma intenção.
A mesma paisagem, inventada. Do desejo de dizer o que escapa a palavra, fiz essa colagem manual. Um outro jeito de dizer. Do desejo do encontro entre corpos e espaço. Dos aprendizados com a casa. Das novas texturas e relevos. Do mundo que virou a janela.
Ensino remoto
espaço-borda-entre-lugar-
às vezes muito intimo, daqui do meu quarto para o quarto do outro. O que é a casa agora? O que é a janela? O que se confunde no meio disso tudo?
Aqui, atrás da tela do computador, sentada há 10 horas seguidas, digitando...
para ouvir com atenção:
https://youtu.be/drd64Igt9ig
O ensino remoto desestabilizou a escola e o que sabemos - ou achamos - que sabemos sobre ela.
A sala de aula foi aos poucos sendo desenhada às margens do meu computador...
Tentando entender, ainda no estágio I, o que seria estagiar no ensino remoto e se era possível, aprendi que tudo se baseia na sensibilidade e na compreensão do outro. Saber que essa é uma situação atípica para todos e que não têm uma ''maneira certa, uma receita a ser seguida’' que esse esforço é coletivo e que estamos todos caminhando, me fizeram crer que podemos ampliar os nossos modos de fazer e entender o que é o processo de tornar-se docente. Ele nunca termina.
Como me sentir professora? Como me sentir pesquisadora?